Academias: Guia para Novatos

Se estás a pensar abrir uma Academia e não fazes ideia de onde te vais meter, este guia é para ti. Um trabalho da autoria do utilizador Zurck (2152484).

Criaste a Academia. E agora?

Nota: Isto pretende ser um guia básico para quem se está a iniciar com as Academias. “Conceitos” é importante, mas poderá parecer chinês de início. II, III e IV começa a dar uma ideia sobre o que fazer, mas ainda parecerá muito complicado. O “Exemplo” final deverá clarificar tudo e fazer com que os capítulos anteriores façam sentido.

I. Conceitos

a) Filosofia:
Antes de mais, há que perceber que bicho é esse o da Academia. Achar que é uma segunda equipa é, a meu ver, errado. Irão perceber que nas Academias não há subidas nem descidas de divisão, jogam na série que vos apetecer, não recebem troféus e muitas vezes encontrarão equipas bastante estranhas, que até parece que estão a jogar para perder. Qual é, então, a piada de andar a dar tudo para ganhar?

O que uma Academia de sucesso procura é encontrar talento para desenvolver na sua equipa principal ou conseguir um bom negócio no mercado.

b) A vedeta:
Se tentarem treinar a equipa toda, acabarão por não conseguir treinar devidamente ninguém. O que querem fazer é encontrar rapidamente o vosso melhor jogador e centrar o treino à volta dele.
Um único jogador talentoso e totalmente treinado pode valer vários milhões, muito mais do que toda a restante equipa junta.

O que é, então, considerado talento ao nível dos juniores?

Primeiro, e de extrema importância, a idade. Um jovem promovido aos 17.00 anos ou muito perto pode valer muito. Aos 17.50, pouco. E aos 18, nada. Pensem assim, se pegarem num mero razoável com 17.00 e o treinarem nos séniores, quando fizer 18 anos já estará em fenomenal ou mais. Assim, porque é que hão-de querer um excelente de 18?

Por isso, e porque um jovem tem de estar pelo menos uma época na Academia, querem trabalhar apenas os jogadores de 15 anos ou 16 e muito poucos dias.

Em termos de características, cada uma tem um valor actual e um máximo. Quando o miúdo for promovido passará para os séniores com os valores que tiver na altura. Enquanto estiver na Academia, nunca subirá além dos valores máximos (poderá subir uns subníveis dentro do máximo, mas nunca atingirá o nível seguinte). De notar ainda que quando a barra de alguma caraterística fica amarela, isso quer dizer que atingiu o máximo absoluto e qualquer treino adicional nessa característica será um desperdício.

Exemplo: Se na página do vosso jogador aparecer “Defesa (5/7)” isso quer dizer que esse jogador está com defesa a 5 (Inadequado) e, no máximo chegará a 7 (Bom). Ou seja, se o promoverem totalmente treinado sairá “Bom”, mas, se o promoverem já, sairá “Inadequado”, e daqui por uns treinos, “Razoável”.

Em termos de valores, uma característica máxima “Bom” ou “Excelente” e uma secundária “Razoável” ou mesmo “Inadequado” podem tornar um miúdo com boa idade, num jogador capaz de vos dar algumas alegrias... Olhem também para os duplo e triplo “Razoável”.

Especialidade é um factor de forte valorização. O problema é que muitas vezes essa demora a se revelar e têm de tomar a decisão de investir ou não num potencial craque sem saberem se a vai ter ou qual será. Paciência, têm de o avaliar apenas pelo resto. Uma forma de acelerar o processo de revelação das especialidades passa por jogar sempre em "Espontaneidade".

Quando, finalmente, encontrarem a vossa vedeta, assegurem-se que ela jogará 90min nos jogos todos (para aproveitar ao máximo os treinos). Mais, as características que essa vedeta precisar de treinar, definirão os treinos.

c) O treino:
Na Academia têm dois treinos por jogo. O principal é mais eficaz do que o secundário e por isso deve ser usado para treinar as características mais lentas ou mais urgentes.

Algo que também devem ter em mente é que treino duplo sofre penalização (embora que, por vezes, tenha mesmo de ser).

Convém, também, que se lembrem que há treinos melhores do que outros e quais as posições que cada treino afecta (é igual ao que acontece nos séniores e podem consultar no manual). E, cuidado, jogadores fora da posição de treino recebem apenas um resíduo.

Atenção ainda a marcarem sempre os amigáveis (a cada 3 semanas). Nos juniores, todos os jogos produzem treino.

Outro aspecto a ter em conta é o tamanho das ligas. Optem sempre por ligas com 4 equipas. A ideia é mudar de liga assim que acabam, criando ou indo para outra a começar em 2 ou 3 dias. Desta forma, ganham dias de treino nessas transições.

Finalmente, cuidado com o Treino Individual. É um bom treino e muitas vezes a melhor opção. Mas é um treino perigoso por ser semi-aleatório e propenso a causar desperdício. Além disso, devem resistir à tentação de acharem que serve para treinar a equipa toda. Não, também ele é uma ferramenta para ajudar a treinar o tal grande jogador. Eu aconselharia a o deixarem de parte nos primeiros tempos. Mesmo os utilizadores mais experientes têm grandes dores de cabeça a tentar compreendê-lo. Mais tarde, investiguem e descubram as suas vantagens. Agora têm mais com que se preocupar.

d) Os olheiros
O investimento nos olheiros não é nada comparado com o lucro que um grande jogador dá. Por isso, aumentem as hipóteses de vos ser indicado um grande craque: contratem três desde o início e vão lá todas as semanas.

Para simplificar, aceitem todos os de 15 anos (desde que não sejam demasiado maus). Também aceitem um ou outro de 16 anos que vos pareça excepcionalmente bom (embora que, depois de o promoverem só o treinem de virem que é de 16-e-poucos-dias).

Se tiverem rejeitado o primeiro e o segundo olheiro, aceitem sempre o último (por muito mau que seja).

II. Primeiro jogo

De início a vossa equipa é um mar de incógnitas, pelo que, a primeira coisa a fazer é descobrir a tal vedeta.

Para isso, escolham um treino para principal e outro (diferente) para secundário. Não é importante os treinos que escolherem, embora que eu aconselharia os treinos com maior eficiência (Finalização, Criatividade, Defesa, Ala e Assistências).

A seguir coloquem os vossos jogadores mais novos em posições treináveis.

III. Próximos (poucos) jogos

Se o treinador não vos deu nenhuma notícia animadora (algum potencial Razoável ou melhor, ou actual Inadequado ou melhor) e se nenhum miúdo fez uma boa exibição (5 ou mais estrelas), então, mudem radicalmente a posição dos vossos mais novos jogadores (e treino a condizer) e vão outra vez a jogo.

Contudo, se algum jovem se destacar, investiguem rapidamente o que se passa com ele. Como?
No final de cada jogo, o treinador dá pelo menos duas informações:
- uma é o valor actual de uma característica de um jogador em posição que recebeu o treino principal e que não a conhecia;
- a outra é o valor máximo de uma característica treinada pelo secundário de um jogador que tenha recebido esse treino e que não a conheça.

É, pois, uma questão de ir escolhendo os treinos (e a posição do jogador) por forma a forçarem o treinador a vos dizer as características que querem descobrir. Também é importante fazer com que o jogador eleito seja o único na posição de treino a não conhecer a característica que queremos revelar.

Se perceberem que o jovem sobre quem depositaram as vossas esperanças é fraquito, escolhem outro (de 15 anos) que pareça interessante e repetem o processo.


IV. Plano de treinos

Quando finalmente encontrarem o jogador que vale a pena treinar, parou tudo. A partir daqui só este jogador interessa.

Analisam que características vale a pena treinar (nem sempre dá para treinar tudo até aos 17.0 anos) e escolhem um plano com os treinos mais eficientes possíveis (ver manual do HT).

V. Exemplo

1. Criei a Academia e reparei que tenho 7 jovens de 15 anos.

2. Escolho treino principal Assistências (por afectar até 8 jogadores e ser útil em todas as posições) e opto por Criatividade a secundário (porque quero começar a descobrir o potencial de Criatividade em alguém).

3. Coloco os meus 7 eleitos de 15 anos a médios (para receberem o treino por inteiro), a alas (que também recebe quase o máximo do treino) e avançados (ainda recebe Assistências). Jogo em 352 para evitar jogar com miúdos de 16 nas posições treináveis (pois poderiam me roubar informação que quero que vá para os de 15).

4 .No fim do jogo o treinador não me diz nada que me entusiasme, mas reparei que o Asdrúbal fez 6 estrelas a avançado (no entanto ainda não sei nada dele).

5. No jogo seguinte mudo para Assistências+Finalização e coloco o Asdrúbal como único avançado para que o treinador me diga quanto ele pode alcançar a finalização.

Também gostaria que ele fosse o único de entre avançados, alas ou médios a não conhecer as assistências actuais, mas não tenho jogadores para isso. Assim, opto por 521 para aumentar as hipóteses (não há problema em jogar só com 9 ou 10).

6. O treinador diz que o Asdrúbal pode atingir Bom a finalização e que está Fraco a assistências. Boa! Parece que estou no bom caminho!

7. No próximo jogo decido ir ver o que se passa a ala. Coloco-o a ala e dou Assistências+Ala. Como ala treina os alas e defesas laterais, jogo em 343 com o Asdrúbal a ala e mais ninguém nas laterais para que o treinador não possa escolher outro.

8.Fiquei a saber que o Asdrúbal pode atingir Razoável a ala! Por isso, a não ser que os olheiros me dêem alguém melhor, a partir de agora, a Academia gira em volta do Asdrúbal. Coloco-o a Avançado e defino o plano de treinos. Será Finalização+Assistências (Finalização+Individual seria bom neste caso, mas vamos esquecer por agora). Quando atingir o máximo a assistências mudo para Finalização+Ala(ala+avançados) e, finalmente, quando estiver despachado com a finalização, passa para ala e leva Ala+Ala(ala+avançados).

Entretanto, nas outras posições de avançados vou colocando alguns miúdos interessantes que possam aproveitar esses treinos (mas sempre sem me preocupar muito com eles).

Aos 17.0 promovo como estiver.

Espero que este guia básico vos permita iniciar nas Academias. Quando acharem que já dominam a matéria, então procurem/perguntem nos fóruns pois há detalhes que eu não cobri aqui e que fazem grande diferença entre uma Academia razoável e uma de topo.

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